Ícone do site MeuPost

Facebook vai integrar Instagram Direct ao Messenger

Mudança faz parte do plano de Zuckerberg de integrar todos os serviços de mensagem do ecossistema do Facebook

Facebook se prepara para dar o primeiro grande passo no plano de unificar suas plataformas de mensagem (WhatsAppInstagram e Messenger). A intenção é permitir que as pessoas conversem com outras independentemente do aplicativo que estiverem usando dentro do ecossistema da rede social. Pensando nisso, engenheiros da empresa já trabalham para reformular o chat de bate-papo privado do Instagram, o Direct, usando a tecnologia do Facebook Messenger, dizem fontes próximas à companhia ao Bloomberg.

Segundo a reportagem, o objetivo da mudança é que usuários do Instagram se comuniquem com perfis do Messenger, e vice-versa, algo que não se pode fazer hoje com os serviços do Facebook. A aparência do Direct não deve receber alterações, afirmam as fontes do Bloomberg, mas a tecnologia que suporta o serviço, sim.

O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, confirmou a integração dos serviços do Facebook no final de janeiro passado, dias depois da mudança ter sido revelada pelo The New York Times. Porém, a mudança na tecnologia das plataformas exige um trabalho técnico massivo, dizem os engenheiros da multinacional. Além da barreira técnica, funcionários e executivos da empresa, criticam o projeto, em partes porque acreditam que um dos motivos do sucesso dos aplicativos é a independência deles em relação ao Facebook.

De acordo com Zuckerberg, o objetivo da unificação era mais sobre privacidade e segurança do que a simplificação da troca de mensagens. Por conta disso, a ideia do executivo é criptografar de ponta a ponta todos os seus serviços de bate-papo, o que quer dizer que todas as conversas, de qualquer aplicativo do ecossistema do Facebook, serão indecifráveis e não ficarão armazenadas nos servidores da empresa.

Até agora, apenas o WhatsApp é totalmente criptografado. A decisão do CEO é resultado de uma série de polêmicas e críticas de falta de privacidade e compartilhamento inadequado de dados pessoais que o Facebook, a maior rede social do mundo, vem se envolvendo.

Mas, a determinação de Zuckerberg para ter mais controle sobre o Instagram e WhatsApp fez com que alguns funcionários importantes de ambos os aplicativos renunciassem à empresa em prol da independência dos serviços, segundo o Bloomberg. Os cofundadores da rede social de fotos e vídeos Kevin Systrom e Mike Krieger saíram da companhia em setembro de 2018.

Anteriormente, os fundadores do WhastApp, Jan Koum e Brian Acton, deixaram seus cargos no Facebook, por conflitos com o CEO sobre seus planos de colocar propaganda no app de mensagens. Os aplicativos foram adquiridos em 2012 e 2014 por US$ 1 bilhão e US$ 16 bilhões, respectivamente.

As partidas, porém, não mudaram o plano do Facebook de aumentar seu controle sobre todos seus serviços. Nos últimos dias, a empresa anunciou que vai mudar as marcas externas do Instagram e do WhatsApp para “Instagram do Facebook” e “WhatsApp do Facebook”, com o objetivo claro de intensificar a aproximação entre os apps.

Além disso, caminhando para uma menor independência das plataformas, os líderes dos quatro principais aplicativos do grupo – Facebook, Messenger, Instagram e WhatsApp – respondem diretamente a Zuckerberg desde março passado. Quanto à integração entre o Direct e o Messenger, as fontes do Bloomberg dizem que o time de desenvolvedores do Instagram já reporta as atividades diretamente à equipe do Messenger.